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Terras D' Alter Viognier 2013

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Um vinho que já queria provar há muito mas que nunca tinha encontrado, este monovarietal Terras D' Alter, de uma casta complicada e que dá vinhos muito personalizados, como se pode ver pelo Torre do Frade. Tendo já bebido o Síria da casa e o branco de lote, tinha a expectativa de este ser um vinho curioso, o que aconteceu. Estavam lá as notas de ananás e outras frutas brancas e amarelas, talvez demasiada fruta para alguns gostos. Eu achei-o descomplicado e bem feito, para beber sem grandes problemas. Gostei de alguma mineralidade e secura em boca e a fruta nunca enjoa, mesmo depois de aquecer e abrir o aroma, já que no início estava um pouco fechado. A evolução não se nota muito mas terá estado melhor em novo.  Provar um vinho destes com mais de 4 anos, por 2,5 euros só mesmo em Portugal! Ainda bem que há poucos apreciadores deste tipo de perfil, mais fica para nós! Pontuação: 16,5/20 

Monte da Ravasqueira tinto 2011

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Este fim-de-semana voltei ao Alentejo através de um tinto que é um porto seguro quando é necessário um vinho barato mas sempre bom e que combina com muita comida. Este 2011 foi a primeira vez que bebi e serviu para acompanhar um arroz de cabidela e portou-se bem, num estilo evoluído que apreciei, mesmo que os frutos vermelhos estivessem já demasiado maduros e as notas de madeira iniciais tenham passado rapidamente para revelar um corpo já delgado. Acidez impressionante para um vinho desta idade e uns quentes e licorados que tornam o fim de boa ligeiramente doce, o que vem influenciar a prova. No dia seguinte estas notas já tinham passado e só ficou um vinho difícil de catalogar, com notas da Touriga Nacional e do Alicante Bouchet a dominarem, embora seja uma mistura enorme de castas (Syrah, Trincadeira, Touriga Franca, Petit Verdot além das duas já referidas). Pontuação: 16/20

Fiuza Cabernet Sauvignon 1998

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Uma daquelas garrafas incógnita, prenda de um amigo que me sabe apreciador de vinhos velhos. Esta é dedicada a ele... Aberto sem expectativas, este vinho mostrou-se no copo com uma cor bonita, de vinho velho, bordeaux com orla castanha. No nariz algum pó, pimento assado na brasa, caixa de charutos e muita especiaria. Precisou de arejar, arejar, arejar, foi-se algum mofo e ficou só o pimento a dominar. É daqueles vinhos para abrir e beber só no dia a seguir. Não é fácil mas é um bom exemplo da casta. Não tão exuberante como o Pancas de 1997, esse muito mais equilibrado nas notas, mas nem todos podem ter aquela qualidade... Mesmo assim, um belo vinho para acompanhar um pouco de tudo. Obrigado Beto! Classificação: 16,5/20

Kompassus Reserva Branco 2103

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Quase não foi ao frio e não precisa... Servi este Kompassus Reserva Branco 2013 a 13 graus (para aí...), a acompanhar um anho assado em casa pela minha mãe e portou-se muito bem. É fino, elegante e polido, um Bairrada moderno mas sem vergonha das raízes. Nota-se que aguentaria mais uns anos em garrafa mas as garrafas são feitas para beber e partilhar e apreciar em momentos especiais. Mais uma vez Anselmo Mendes está em grande também na Bairrada, tratando o Bical e o Arinto, grandes castas bairradinas e nacionais como elas merecem, com direito a fermentar e aprimorar em barricas de 400 litros usadas para não marcar demasiado. grande branco, com maçã verde, citrinos, salinidade e mineralidade, um vinho complexo, aromático. Um grande branco português. Ah custou uns 12 euros há uns tempos na Garage Wines! pontuação: 18/20

Casa da Passarella Fugitivo Vinhas Centenárias 2013 Tinto

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Muito já se falou sobre este vinho saído da imaginação de Paulo Nunes e do conhecimento de quem, na região da Serra da Estrela, faz vinhos sem pensar em revistas portuguesas ou internacionais, ou em críticos. Quem fez este vinho de vinhas centenárias em risco de abandono fá-lo para beber em casa, para consumo próprio e sem o guardar anos a fio como habitualmente nos clássicos do Dão, a que este se junta. É o Dão numa garrafa, um vinho emocionante e único, mesmo único porque o 2014 já não tem nada a ver com isto. este vinagrinho que se sente no início, quase a fazer lembrar alguns tintos da região dos vinhos verdes, já que aqui também não há desengaço nem nada dessas modernices. É vinho feito como sempre se fez, engarrafado, embalado e dado a provar por este projecto único da Casa da Passarella, que tanto tem vindo a fazer pelo vinho português genuíno. Grande vinho é o que nos emociona e nos provoca sensações únicas e ao beber este O Fugitivo lembrei-me do essencial deste produto ma

Vila Real Reserva 2013

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A Adega Cooperativa de Vila Real é um produtor que passou por um processo típico felizmente nas adegas cooperativas espalhadas pelo país (as que sobreviveram), de modernização e requalificação da imagem e dos vinhos. Tem feito nos últimos anos, sobre o comando de Rui Reboredo Madeira e Luís Cortinhas, vinhos ao agrado do consumidor moderno, tanto na gama de entrada como nos reserva (colocados nos hipermercados a preços acessíveis). Este custa 2,99 € no continente. Aqui imperam os frutos pretos e vermelhos e a baunilha da madeira, notória mesmo depois de algum tempo de estágio em garrafa. Dá ideia que se usou carvalho americano. Algo complexo, denso e profundo, pelo preço certamente que impressionará o consumidor mais convencional. No entanto, não tem grande história... Pontuação: 15/20

Tons de Duorum 2014

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O Tons de Duorum é um vinho de entrada de gama da João Portugal Ramos versão Douro, vinificado em São João da Pesqueira numa adega alugada pela empresa para o efeito. Custou menos de 5 euros e está disponível em quase todas grandes superfícies. Com enologia de José Maria Soares Franco e João Perry Vidal, este é um típico vinho do Douro, com alguma rusticidade e uns taninos polidos a justificar ser consumido já. Tem alguma fruta vermelha de bosque e caruma. Um vinho simples e bem feito, para acompanhar petiscos e entradas. Sem pretensão a ser mais que um vinho correto e bem feito. Pontuação: 15,5/20